Deste capítulo da viagem – Stavanger e Kristiansand – o que mais me impressionou foi mesmo a viagem, sempre junto à costa, entre Bergen e Oslo. Um total de quase 800 quilómetros sempre junto à costa sul da Noruega onde passamos por mais de 30 túneis, totalizando para aí uns 50km de túneis, três Ferries, dezenas de cascatas, entre muitas outras belezas naturais. (mais…)
Estocolmo, a Veneza do norte
Estocolmo foi a cidade surpresa. Chegámos na quinta-feira, dia 11, e ficámos alojados nos arredores da cidade, num anexo de uma senhora muito simpática. Para irmos até a cidade na manhã seguinte optamos por ir de transportes públicos e assim evitar pagar estacionamento. Quando chegámos à zona da estação de comboios, onde saímos do metro, a cidade parecia ser bastante cinzenta, mas bastou andar um pouco até começarmos a perceber que não era bem assim…
De Oslo até Bergen
Chegámos a Oslo depois de uma longa viagem de aproximadamente 530 quilómetros. A estadia na capital norueguesa foi apenas de uma noite – sendo que vamos ficar mais uma noite em Oslo mas no último dia desta viagem -, pelo que escolhemos uma casa muito agradável nos arredores junto a um lago. Fomos muito bem recebidos, tanto pelo nosso anfitrião como pela vista, que nos deixou completamente boquiabertos.
Estamos sem Internet!
Estamos de momento numa zona sem internet. Ou melhor, com um acesso muuuuiiiitoooooooo lento. Até ao retomar da ligação (muito provavelmente amanhã), aqui fica a única foto que consegui enviar, tirada em Bergen, Noruega.
Muita chuva em Gotemburgo
O dia em Gotemburgo começou chuvoso. Depois de uma noite bem descansada nos arredores, acordamos bem cedo para conhecer a segunda maior cidade da Suécia. A casa ficava a cerca de uma hora de caminhada do centro da cidade, um percurso que acabou por não ser muito agradável de percorrer devido ao frio e chuva que se sentia. (mais…)
Copenhaga: Cidade de Tijolo
Chegamos a Copenhaga, a capital da Dinamarca, domingo, dia 7 de Agosto. Foi uma viagem longa mas tranquila de autocarro, onde podemos apreciar as vistas e jogar uns jogos de cartas. Chegamos perto das 5 da tarde, pelo que o primeiro dia foi aproveitado para ir às compras e descansar.
Olháááá Boooola de Berlim! Com Creme e Sem Creme!
Em Berlim ficamos bastante bem localizados. Ficamos hospedados no hostel Meininger, que está localizado mesmo ao lado da estação central dos comboios. O hostel não tinha nada haver com o da Varsóvia, no entanto não era mau, servia o propósito: dormir e comer. (mais…)
Quase Sem Abrigos em Varsóvia
Iniciei ontem, dia 4, juntamente com a Patrícia e mais dois amigos, o Miguel e a Sofia, o nosso “Interrail” deste verão. Decidimos experimentar algo diferente e em vez de só utilizar comboios, vamos alugar um carro durante grande parte da viagem. Até dia 20 iremos passar pela Varsóvia na Polónia; Berlim na Alemanha; Copenhaga na Dinamarca; Gotemburgo e Estocolmo na Suécia; Oslo, Bergan, Stavanger e Kristiansand na Noruega.
A magia de Split
Chegamos a Split depois de uma longa viagem de comboio – 15 horas no total. Felizmente, como fomos avisados por um amigo, deu para fazer uma reserva com antecedência e tivemos sitio para dormir no comboio, no entanto este ia completamente sobrelotado, com gente sentada no chão em muitas das carruagens. Finalmente poder sentir o ar do mar foi o melhor de chegar a Split. Decidimos rapidamente que assim que fosse possível tínhamos que ir dar um mergulho!
Chegamos ao apartamento e fomos recebidos por uma senhora muito simpática. Ela não falava Inglês mas a comunicação foi bastante fácil. “Sit, sit”, dizia ela a apontar para a cadeira, quando chegamos. Desconfiados, lá nos sentamos. A senhora foi ao armário e tirou 3 copos. Pô-los na mesa, e seguiu para o frigorífico, de onde tirou uma garrafa com um liquido vermelho. Pensei que fosse groselha, ou algo do género, portanto esperei até a senhora provar para não fazer figura de idiota. Era um licor de ginga, ou algo com um sabor muito parecido. A senhora afirma que trouxe aquilo de propósito para provarmos, com linguagem gestual e algumas palavras soltas.
Já a senhora tinha saído, fomos finalmente tomar um banho rápido, vestir os fatos de banho e ir até à praia. Tínhamos duas praias em mira, que ficavam na mesma direção – Zvoncac e Kasjuni. Esta última, a mais longe, ficava a cerca de 5 quilómetros do centro, enquanto Zvoncac ficava a pouco mais de quilómetro e meio. Pegamos nas trouxas, e lá fomos fazer um passeio a pé, em direção às praias.
A primeira praia não era bem praia, era uma espécie de plataforma que dava acesso à água, que já ali era cristalina e super transparente. O calor apertava, e foi ali que tomamos o nosso primeiro banho. A água estava bem quentinha – 27 graus – e aquele banho soube pela vida.
Depois de secos, seguimos em direcção a Kasjuni, que já tínhamos ouvido falar muito bem. A meio caminho, encontramos outra praia, muito agradável, onde já havia “areia” (leia-se pedrinhas). Foi ai que almoçamos uma comida rápida para depois seguir para Kasjuni.
Assim que chegamos ficamos deslumbrados. Uma costa larga, junto às arvores, com água cristalina e azul, bastante convidativa. É mais uma praia de pedrinhas, e não há muito espaço entre o Mar e o final das pedras, mas a praia ainda se estende por um bom bocado, portanto não foi difícil arranjar um espacinho.
Voltamos para junto da nossa casa, onde jantamos e aproveitamos para dar um passeio noturno. O apartamento ficava localizado dentro do Palácio Diocleciano, o que nos colocava mesmo no centro de tudo. Split à noite tem uma magia extraordinária, sem dúvida.
No dia seguinte, fomos visitar as caves do Palácio. Este palácio é uma famosa construção romana, que para além de reunir quase todos os pontos de interesse turisticos da cidade, é também considerado dos monumentos mais bem preservados em todo o mundo. Considerado património mundial pela UNESCO, as caves do Palácio Diocleciano serviram de cenário à famosa série Game of Thrones, mais concretamente à sala onde Denéris, a Mãe dos Dragões, governa Meereen. A primeira foto é a sala utilizada na série.
Como não podia deixar de ser, logo a seguir aproveitamos para subir à torre do palácio, e apreciar Split visto de cima.
Já tínhamos visto quase tudo o que tínhamos planeado, por isso queríamos mais praia. Para fugir um pouco ao dia de ontem, fomos espreitar que passeios de barco haviam. Encontramos um muito interessante até uma ilha a uns quilómetros de Split. E lá fomos nós, a alta velocidade, até uma praia completamente paradisíaca, mas de pedrinhas, mais uma vez.
Depois de umas horinhas de praia, fomos almoçar. O rapaz que conduzia o barco recomendou-nos um restaurante bom e barato no outro lado da ilha. Quase uma hora de viagem de barco depois, lá chegamos, cheios de fome. Como tínhamos dado a volta à ilha, a viagem de volta para Split foi bastante rápida.
Depois do passeio não fizemos muito mais. Já era quase hora de jantar, portanto fomos para casa comer e descansar, para nos deitarmos cedo visto que tínhamos o check-out para fazer bem cedinho.
Acordamos e fomos deixar as malas à estação. O comboio só era às 6h da tarde, portanto dava bastante tempo para aproveitar a cidade. Demos voltas e mais voltas pelas ruas e ruelas do centro histórico e do Palácio Diocleciano.
Pelo caminho encontramos uma exposição interactiva muito interessante sobre o Império Romano. Era feito um pequeno teatro de comédia sobre a ascensão de um Imperador e depois podíamos tanto experimentar armaduras e armas, como brincar ao tiro com arco.
Já eram horas de apanhar o comboio, portanto lá fomos para a estação. A viagem de Split até Veneza foi a mais longa viagem do Interrail. 18 horas e cinco comboios diferentes no total. A primeira etapa, de Split até Zagreb – uma viagem de 8 horas, foi no mesmo comboio que nos trouxe até Split, portanto estávamos um bocado receosos da qualidade da viagem.
Eram 6h50, a hora a que o comboio deveria chegar. A linha estava cheia, no entanto não se via nada. Quase 30 minutos depois, aproxima-se um comboio, e toda a gente se levanta, mas quando reparam que não ia parar naquela linha, foi a desilusão total – “Era só Jajão”, cantávamos nós. Finalmente, uma hora depois da hora prevista, chegou o comboio. A nossa sorte é que para a próxima ligação, em Zagreb, teríamos que esperar uma hora e meia. Com o atraso, esperamos só meia hora.
Já estamos em Veneza – chegamos ontem – depois de uma longa e cansativa viagem. No meu próximo artigo irei descrever o nosso tempo nesta cidade bastante diferente, mas linda.
De Hallstatt para Budapeste
Depois de Viena, Hallstatt foi o nosso destino. Assim que apanhamos o segundo e último comboio de ligação para Hallstatt, não conseguíamos tirar os olhos da janela do comboio. Era uma vista deslumbrante pelo meio das montanhas, com lagos pelo meio. Simplesmente lindo. E quando finalmente saímos do comboio e podemos respirar aquele ar puro, vimos que estávamos num pequeno grande paraíso.
Fomos deixar as malas ao apartamento – que era em Obertauern, no outro lado da margem do lago – e aproveitamos para subir à montanha, num teleférico que víamos de longe. Este teleférico é utilizado no inverno para a estancia de ski que ali existe, mas no verão é possível subir e ter acesso a uma vista panorâmica sobre todo o Lago de Hallstatt.
No topo, perto dos 2000 metros, é possível encontrar uma plataforma que é chamada de Five Fingers, cinco dedos, uma vez que parecem cinco dedos a sair da montanha, onde é possível ter uma vista de deixar boquiaberto. É absolutamente lindo, e para mim, um ponto de visita quase obrigatório.
Depois de algumas horas nas montanhas, finalmente apanhamos o teleférico para baixo. Já era tarde, e ainda tínhamos uns bons 30 minutos de caminhada até ao apartamento.
No dia seguinte acordamos bem cedo, mas o tempo não estava nada de especial. Estava o céu bastante nublado e a previsão era de chuva. Seguimos até ao lago, onde apanhamos um pequeno barquinho que fazia a travessia até Hallstatt.
Ainda era cedo, mas como estávamos cheios de fome, fomos almoçar com vista para o lago para estarmos rapidamente despachados e termos tempo de ver tudo o que queríamos. O último ferry era demasiado cedo, às 16h30, e tínhamos receio que isso limitasse os nossos planos.
Mal acabamos de almoçar, começou a pingar. Perguntamos a um senhor sobre um possível passeio de barco, e ele informou-nos que não ia haver, visto que estava prevista uma tempestade que poderia acontecer a qualquer momento. Que bom, era mesmo isso que precisávamos.
À medida que a chuva ia ficando mais forte – tivemos mesmo que comprar um guarda-chuva -, dirigimo-nos para a Mina do Sal. Esta mina é a mina de sal mais antiga do mundo e ainda se encontra em funcionamento. Está datada em cerca de 3000 anos.
Lá subimos mais um teleférico, e ao fim de mais uns 15 minutos de caminhada, chegamos à entrada da mina, onde era possível visitar-se com uma visita guiada.
É uma visita muito interessante e interactiva, onde é possível ter noção de como é que as reservas de sal se formaram, há muitos milhões de anos atrás. Conhece-se também um pouco da história da mina, desde os primeiros pré-históricos que lá trabalharam, até aos dias de hoje. No final, é também possível ver as escadas de madeira mais antigas do mundo, com 3000 anos. Durante visita, utiliza-se os escorregas dos mineiros para descer de um nível para outro mais abaixo e termina-se a visita no pequeno comboio de mineiros.
Quando terminamos a visita já tinha parado de chover, por isso aproveitamos e fomos para o apartamento, onde cozinhamos um belo petisco português, bifes.
Acordamos no dia seguinte de manhã e preparamo-nos para ir para Budapeste. Ao fim de seis horas de viagem, tínhamos deixado aquele pequeno paraíso natural, para chegar a Budapeste, em plenas comemorações do Dia de S. Estevão, que celebra a fundação da nação Húngara, à mais de 1000 anos. Passa um pouco mais das 10 da noite, e foi por minutos que perdemos o fogo de artifício.
Chegamos ao apartamento e fomos bastante bem recebidos pelas nossas anfitriãs, muito simpáticas, que nos deram todas as dicas possíveis sobre Budapeste, apesar da nossa curta estadia. Apesar da enorme festa cá fora, o cansaço era tanto que fomos dormir, para aproveitar as poucas horas que tinhamos em Budapeste no dia seguinte.
Acordamos bem cedo, mais uma vez. Tínhamos que aproveitar, visto que às seis da tarde era o comboio noturno para Split, na Croácia. Fomos deixar as malas à estação de Kelenföld. Uma estação remodelada, toda XPTO, gigante, no entanto só tinha 9 cacifos, e 2 deles avariados. Uma verdadeira palhaçada, visto que à volta não faltava espaço para bem mais cacifos. Lá nos resignamos em ir à estação principal de Budapeste deixar as malas.
Malas guardadas, seguimos para o primeiro ponto: A Praça dos Heróis. Esta praça é uma homenagem aos fundadores da nação Húngara.
Exploramos um pouco as traseiras da Praça, onde se encontrava o castelo Vajdahunyad, que não é um castelo, mas sim um conjunto de museus com um grande jardim.
Em contra-relógio, seguimos para o Parlamento, um dos símbolos da cidade.
De seguida, visitamos a Basílica de S. Estevão, a maior igreja da Hungria.
Já as pernas doíam de tanto andar, e a fome apertava. Paramos para almoçar, mas depressa retomamos a nossa visita, com destino a Ponte das Correntes, para passar para o lado de Buda.
Em Buda, aproveitamos para visitar o Castelo. Estava a decorrer um festival, e portanto a subida – mesmo a pé – necessitava de bilhete. Havia possibilidade de subir por umas escadas e ver a parte lateral do Castelo, e outras áreas de interesse.
Demos umas voltas pela margem de Buda, até que finalmente chegou a hora, e fomos para a estação apanhar o comboio para Split. Encontrar a linha certa foi uma verdadeira aventura, e assim que entramos no comboio, vimos que iam ser umas longas quinze horas… Mas isso é o tema do próximo episódio.