Henrique Mouta

Há coisas do caraças....

De Stavanger a Kristiansand, pelo meio dos Fiordes

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Deste capítulo da viagem – Stavanger e Kristiansand – o que mais me impressionou foi mesmo a viagem, sempre junto à costa, entre Bergen e Oslo. Um total de quase 800 quilómetros sempre junto à costa sul da Noruega onde passamos por mais de 30 túneis, totalizando para aí uns 50km de túneis, três Ferries, dezenas de cascatas, entre muitas outras belezas naturais. (mais…)

Estocolmo, a Veneza do norte

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Estocolmo foi a cidade surpresa. Chegámos na quinta-feira, dia 11, e ficámos alojados nos arredores da cidade, num anexo de uma senhora muito simpática. Para irmos até a cidade na manhã seguinte optamos por ir de transportes públicos e assim evitar pagar estacionamento. Quando chegámos à zona da estação de comboios, onde saímos do metro, a cidade parecia ser bastante cinzenta, mas bastou andar um pouco até começarmos a perceber que não era bem assim…

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De Oslo até Bergen

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Chegámos a Oslo depois de uma longa viagem de aproximadamente 530 quilómetros. A estadia na capital norueguesa foi apenas de uma noite – sendo que vamos ficar mais uma noite em Oslo mas no último dia desta viagem -, pelo que escolhemos uma casa muito agradável nos arredores junto a um lago. Fomos muito bem recebidos, tanto pelo nosso anfitrião como pela vista, que nos deixou completamente boquiabertos.

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Estamos sem Internet!

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Estamos de momento numa zona sem internet. Ou melhor, com um acesso muuuuiiiitoooooooo lento. Até ao retomar da ligação (muito provavelmente amanhã), aqui fica a única foto que consegui enviar, tirada em Bergen, Noruega.

Muita chuva em Gotemburgo

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O dia em Gotemburgo começou chuvoso. Depois de uma noite bem descansada nos arredores, acordamos bem cedo para conhecer a segunda maior cidade da Suécia.  A casa ficava a cerca de uma hora de caminhada do centro da cidade, um percurso que acabou por não ser muito agradável de percorrer devido ao frio e chuva que se sentia. (mais…)

Copenhaga: Cidade de Tijolo

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Chegamos a Copenhaga, a capital da Dinamarca, domingo, dia 7 de Agosto. Foi uma viagem longa mas tranquila de autocarro, onde podemos apreciar as vistas e jogar uns jogos de cartas. Chegamos perto das 5 da tarde, pelo que o primeiro dia foi aproveitado para ir às compras e descansar.

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Quase Sem Abrigos em Varsóvia

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Iniciei ontem, dia 4, juntamente com a Patrícia e mais dois amigos, o Miguel e a Sofia, o nosso “Interrail” deste verão. Decidimos experimentar algo diferente e em vez de só utilizar comboios, vamos alugar um carro durante grande parte da viagem. Até dia 20 iremos passar pela Varsóvia na Polónia; Berlim na Alemanha; Copenhaga na Dinamarca; Gotemburgo e Estocolmo na Suécia; Oslo, Bergan, Stavanger e Kristiansand na Noruega.

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A magia de Split

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Chegamos a Split depois de uma longa viagem de comboio – 15 horas no total. Felizmente, como fomos avisados por um amigo, deu para fazer uma reserva com antecedência e tivemos sitio para dormir no comboio, no entanto este ia completamente sobrelotado, com gente sentada no chão em muitas das carruagens. Finalmente poder sentir o ar do mar foi o melhor de chegar a Split. Decidimos rapidamente que assim que fosse possível tínhamos que ir dar um mergulho!

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Chegamos ao apartamento e fomos recebidos por uma senhora muito simpática. Ela não falava Inglês mas a comunicação foi bastante fácil. “Sit, sit”, dizia ela a apontar para a cadeira, quando chegamos. Desconfiados, lá nos sentamos. A senhora foi ao armário e tirou 3 copos. Pô-los na mesa, e seguiu para o frigorífico, de onde tirou uma garrafa com um liquido vermelho. Pensei que fosse groselha, ou algo do género, portanto esperei até a senhora provar para não fazer figura de idiota. Era um licor de ginga, ou algo com um sabor muito parecido. A senhora afirma que trouxe aquilo de propósito para provarmos, com linguagem gestual e algumas palavras soltas.

Já a senhora tinha saído, fomos finalmente tomar um banho rápido, vestir os fatos de banho e ir até à praia. Tínhamos duas praias em mira, que ficavam na mesma direção – Zvoncac e Kasjuni. Esta última, a mais longe, ficava a cerca de 5 quilómetros do centro, enquanto Zvoncac ficava a pouco mais de quilómetro e meio. Pegamos nas trouxas, e lá fomos fazer um passeio a pé, em direção às praias.

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A primeira praia não era bem praia, era uma espécie de plataforma que dava acesso à água, que já ali era cristalina e super transparente. O calor apertava, e foi ali que tomamos o nosso primeiro banho. A água estava bem quentinha – 27 graus – e aquele banho soube pela vida.

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Depois de secos, seguimos em direcção a Kasjuni, que já tínhamos ouvido falar muito bem. A meio caminho, encontramos outra praia, muito agradável, onde já havia “areia” (leia-se pedrinhas). Foi ai que almoçamos uma comida rápida para depois seguir para Kasjuni.

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Assim que chegamos ficamos deslumbrados. Uma costa larga, junto às arvores, com água cristalina e azul, bastante convidativa. É mais uma praia de pedrinhas, e não há muito espaço entre o Mar e o final das pedras, mas a praia ainda se estende por um bom bocado, portanto não foi difícil arranjar um espacinho.

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Voltamos para junto da nossa casa, onde jantamos e aproveitamos para dar um passeio noturno. O apartamento ficava localizado dentro do Palácio Diocleciano, o que nos colocava mesmo no centro de tudo. Split à noite tem uma magia extraordinária, sem dúvida.

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No dia seguinte, fomos visitar as caves do Palácio. Este palácio é uma famosa construção romana, que para além de reunir quase todos os pontos de interesse turisticos da cidade, é também considerado dos monumentos mais bem preservados em todo o mundo. Considerado património mundial pela UNESCO, as caves do Palácio Diocleciano serviram de cenário à famosa série Game of Thrones, mais concretamente à sala onde Denéris, a Mãe dos Dragões, governa Meereen. A primeira foto é a sala utilizada na série.

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Como não podia deixar de ser, logo a seguir aproveitamos para subir à torre do palácio, e apreciar Split visto de cima.

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Já tínhamos visto quase tudo o que tínhamos planeado, por isso queríamos mais praia. Para fugir um pouco ao dia de ontem, fomos espreitar que passeios de barco haviam. Encontramos um muito interessante até uma ilha a uns quilómetros de Split. E lá fomos nós, a alta velocidade, até uma praia completamente paradisíaca, mas de pedrinhas, mais uma vez.

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Depois de umas horinhas de praia, fomos almoçar. O rapaz que conduzia o barco recomendou-nos um restaurante bom e barato no outro lado da ilha. Quase uma hora de viagem de barco depois, lá chegamos, cheios de fome. Como tínhamos dado a volta à ilha, a viagem de volta para Split foi bastante rápida.

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Depois do passeio não fizemos muito mais. Já era quase hora de jantar, portanto fomos para casa comer e descansar, para nos deitarmos cedo visto que tínhamos o check-out para fazer bem cedinho.

Acordamos e fomos deixar as malas à estação. O comboio só era às 6h da tarde, portanto dava bastante tempo para aproveitar a cidade. Demos voltas e mais voltas pelas ruas e ruelas do centro histórico e do Palácio Diocleciano.

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Pelo caminho encontramos uma exposição interactiva muito interessante sobre o Império Romano. Era feito um pequeno teatro de comédia sobre a ascensão de um Imperador e depois podíamos tanto experimentar armaduras e armas, como brincar ao tiro com arco.

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Já eram horas de apanhar o comboio, portanto lá fomos para a estação. A viagem de Split até Veneza foi a mais longa viagem do Interrail. 18 horas e cinco comboios diferentes no total. A primeira etapa, de Split até Zagreb – uma viagem de 8 horas, foi no mesmo comboio que nos trouxe até Split, portanto estávamos um bocado receosos da qualidade da viagem.

Eram 6h50, a hora a que o comboio deveria chegar. A linha estava cheia, no entanto não se via nada. Quase 30 minutos depois, aproxima-se um comboio, e toda a gente se levanta, mas quando reparam que não ia parar naquela linha, foi a desilusão total – “Era só Jajão”, cantávamos nós. Finalmente, uma hora depois da hora prevista, chegou o comboio. A nossa sorte é que para a próxima ligação, em Zagreb, teríamos que esperar uma hora e meia. Com o atraso, esperamos só meia hora.

Já estamos em Veneza – chegamos ontem – depois de uma longa e cansativa viagem. No meu próximo artigo irei descrever o nosso tempo nesta cidade bastante diferente, mas linda.

De Hallstatt para Budapeste

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Depois de Viena, Hallstatt foi o nosso destino. Assim que apanhamos o segundo e último comboio de ligação para Hallstatt, não conseguíamos tirar os olhos da janela do comboio. Era uma vista deslumbrante pelo meio das montanhas, com lagos pelo meio. Simplesmente lindo. E quando finalmente saímos do comboio e podemos respirar aquele ar puro, vimos que estávamos num pequeno grande paraíso.

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Fomos deixar as malas ao apartamento – que era em Obertauern, no outro lado da margem do lago – e aproveitamos para subir à montanha, num teleférico que víamos de longe. Este teleférico é utilizado no inverno para a estancia de ski que ali existe, mas no verão é possível subir e ter acesso a uma vista panorâmica sobre todo o Lago de Hallstatt. 

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No topo, perto dos 2000 metros, é possível encontrar uma plataforma que é chamada de Five Fingers, cinco dedos, uma vez que parecem cinco dedos a sair da montanha, onde é possível ter uma vista de deixar boquiaberto. É absolutamente lindo, e para mim, um ponto de visita quase obrigatório.

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Depois de algumas horas nas montanhas, finalmente apanhamos o teleférico para baixo. Já era tarde, e ainda tínhamos uns bons 30 minutos de caminhada até ao apartamento.

No dia seguinte acordamos bem cedo, mas o tempo não estava nada de especial. Estava o céu bastante nublado e a previsão era de chuva. Seguimos até ao lago, onde apanhamos um pequeno barquinho que fazia a travessia até Hallstatt.

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Ainda era cedo, mas como estávamos cheios de fome, fomos almoçar com vista para o lago para estarmos rapidamente despachados e termos tempo de ver tudo o que queríamos. O último ferry era demasiado cedo, às 16h30, e tínhamos receio que isso limitasse os nossos planos.

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Mal acabamos de almoçar, começou a pingar. Perguntamos a um senhor sobre um possível passeio de barco, e ele informou-nos que não ia haver, visto que estava prevista uma tempestade que poderia acontecer a qualquer momento. Que bom, era mesmo isso que precisávamos.

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À medida que a chuva ia ficando mais forte – tivemos mesmo que comprar um guarda-chuva -, dirigimo-nos para a Mina do Sal. Esta mina é a mina de sal mais antiga do mundo e ainda se encontra em funcionamento. Está datada em cerca de 3000 anos.

Lá subimos mais um teleférico, e ao fim de mais uns 15 minutos de caminhada, chegamos à entrada da mina, onde era possível visitar-se com uma visita guiada.

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É uma visita muito interessante e interactiva, onde é possível ter noção de como é que as reservas de sal se formaram, há muitos milhões de anos atrás. Conhece-se também um pouco da história da mina, desde os primeiros pré-históricos que lá trabalharam, até aos dias de hoje. No final, é também possível ver as escadas de madeira mais antigas do mundo, com 3000 anos. Durante visita, utiliza-se os escorregas dos mineiros para descer de um nível para outro mais abaixo e termina-se a visita no pequeno comboio de mineiros.

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Quando terminamos a visita já tinha parado de chover, por isso aproveitamos e fomos para o apartamento, onde cozinhamos um belo petisco português, bifes.

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Acordamos no dia seguinte de manhã e preparamo-nos para ir para Budapeste. Ao fim de seis horas de viagem, tínhamos deixado aquele pequeno paraíso natural, para chegar a Budapeste, em plenas comemorações do Dia de S. Estevão, que celebra a fundação da nação Húngara, à mais de 1000 anos. Passa um pouco mais das 10 da noite, e foi por minutos que perdemos o fogo de artifício.

Chegamos ao apartamento e fomos bastante bem recebidos pelas nossas anfitriãs, muito simpáticas, que nos deram todas as dicas possíveis sobre Budapeste, apesar da nossa curta estadia. Apesar da enorme festa cá fora, o cansaço era tanto que fomos dormir, para aproveitar as poucas horas que tinhamos em Budapeste no dia seguinte.

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Acordamos bem cedo, mais uma vez. Tínhamos que aproveitar, visto que às seis da tarde era o comboio noturno para Split, na Croácia. Fomos deixar as malas à estação de Kelenföld. Uma estação remodelada, toda XPTO, gigante, no entanto só tinha 9 cacifos, e 2 deles avariados. Uma verdadeira palhaçada, visto que à volta não faltava espaço para bem mais cacifos. Lá nos resignamos em ir à estação principal de Budapeste deixar as malas.

Malas guardadas, seguimos para o primeiro ponto: A Praça dos Heróis. Esta praça é uma homenagem aos fundadores da nação Húngara.

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Exploramos um pouco as traseiras da Praça, onde se encontrava o castelo Vajdahunyad, que não é um castelo, mas sim um conjunto de museus com um grande jardim.

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Em contra-relógio, seguimos para o Parlamento, um dos símbolos da cidade.

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De seguida, visitamos a Basílica de S. Estevão, a maior igreja da Hungria.

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Já as pernas doíam de tanto andar, e a fome apertava. Paramos para almoçar, mas depressa retomamos a nossa visita, com destino a Ponte das Correntes, para passar para o lado de Buda.

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Em Buda, aproveitamos para visitar o Castelo. Estava a decorrer um festival, e portanto a subida – mesmo a pé – necessitava de bilhete. Havia possibilidade de subir por umas escadas e ver a parte lateral do Castelo, e outras áreas de interesse.

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Demos umas voltas pela margem de Buda, até que finalmente chegou a hora, e fomos para a estação apanhar o comboio para Split. Encontrar a linha certa foi uma verdadeira aventura, e assim que entramos no comboio, vimos que iam ser umas longas quinze horas… Mas isso é o tema do próximo episódio.