Henrique Mouta

Há coisas do caraças....

Novo Domínio

Aqui o estaminé passou, desde hoje, a ser acedido através de henrique.blog. O dot blog (.blog) é o novo domínio de topo ideal para todos aqueles que têm um blog.

Com muita mais opção de escolha do que um domínio genérico como o .com ou o .org, o .blog poderá ser a melhor escolha se vais começar um novo blog ou se queres um novo domínio mais fácil de memorizar. Vê mais informações em get.blog.

Aproveitei, também, para dar um pequeno retoque visual. E com isto tudo, também vem a promessa de tentar começar a escrever mais por aqui. Afinal com um domínio novinho assim, é mais do que justo!

WP Site Protect – Proteger o WordPress com uma ou mais senhas

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Já vai algum tempo desde que aqui escrevi pela última vez. O mesmo se pode dizer desde a última vez que fiz um plugin para WordPress. Há cerca de uma semana, um amigo perguntou-me se conhecia algum plugin que protegesse um site WordPress com várias passwords. Não conhecia e não encontrei nenhum. Entretanto, foi-me mostrado um plugin que fazia o que era necessário, mas assim que vi o código… falhas de segurança gravíssimas, esparguete, entre outros. Então decidi, como já não fazia um plugin há algum tempo, que iria fazer uma solução para o que ele necessitava, mas para toda a comunidade. Pus as mãos à obra e em poucos dias estava pronta a primeira versão do WP Site Protect.

Uma vez que trabalho no WordPress.com VIP, este plugin está feito para cumprir todos os standards de segurança e boas práticas definidas. O único senão é a utilização de cookies que poderão trazer alguns problemas se for utilizado algum sistema de cache no servidor como o Varnish. Mas a solução passa por não fazer cache quando o cookie wpsp_secret está presente, ou gerar um cache alternativo para quem tem este cookie.

Com este plugin é possível criar passwords ilimitadas que podem ser revogadas ou alteradas a qualquer momento. É possível forçar o utilizador a mudar de password quando utiliza uma pela primeira vez e também guarda informações sobre a utilização da password – quando foi utilizada pela última vez, pela primeira vez e quando foi alterada.

Para além disso, é totalmente personalizável e permite utilizar um template no tema para redesenhar toda a página de autenticação.

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O código está licenciado como GPL e qualquer problema encontrado poderá ser resolvido pelo Github. Encontra-se em desenvolvimento e todas as sugestões de melhoramentos são bem vindas!

O download pode ser feito através de uma instalação WordPress, procurando por WP Site Protect, ou através da página no WordPress.org.

São Francisco

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São Francisco foi a cidade escolhida para o meu segundo encontro de equipa, a seguir ao de Lisboa no final do ano passado. Cheguei ontem de manhã a São Francisco, uma das cidades norte-americanas que mais curiosidade tenho de conhecer. Depois de quase 13h de viagem e em aeroportos, finalmente pude respirar o ar São Franciscano.

Ontem o dia foi passado de forma calma, de modo a conseguir ultrapassar a famosa ressaca do jetlag. A medida que os meus colegas foram chegando, ia-se colocando a conversa em dia. Aproveitamos e fomos almoçar à La Taqueria, onde comi o melhor – e o primeiro – burrito da minha vida. Burrito numa mão, uma Corona na outra e lá fomos pondo a conversa em dia. Um dia calmo que terminou com um jantar no The Slanted Door, um restaurante vietnamita bastante bom.

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Hoje tive o prazer de finalmente conhecer a casa da Automattic. Localizada na Hawthorne Street, é um lounge onde todos os Automatticanos se sentem em casa. Desde camisolas de praticamente todos os WordCamps, a uma grande área onde é possível trabalhar lado a lado com colegas que normalmente só trabalho a milhares de quilómetros. Foram mais ou menos 5km de caminhada desde a casa onde estamos até aqui, onde deu para conhecer um pouco da cidade, e notar uma grande diferença à medida que se sai dos suburbios e se entra no coração da cidade.

Outro facto interessante sobre a cidade, para além da sua particular arquitetura, é a quantidade de cartazes publicitários a empresas e startups tecnológicas. Sente-se no ar o empreendedorismo e a inovação que esta cidade oferece, que está bastante próxima de Sillicon Valley.

Depois de um dia de trabalho, terminamos o dia com um bom jantar tipicamente americano num restaurante/bar muito particular. Para além de parecer armazém industrial, produz as suas próprias cervejas, numa vasta coleção de cervejas a escolher.

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Sexta feira à tarde tenho o voo de regresso, portanto até lá, vou tentando relatar algumas das aventuras deste pequeno passeio por uma das cidades mais fascinantes que já estive.

O Empreendedor Lisboeta

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Durante a última semana tive o prazer de ter por cá os meus colegas do WordPress VIP. Foi o meu primeiro meetup de equipa, curiosamente na minha terra natal, Lisboa. Foi uma semana tranquila, com bastante trabalho e bastante lazer, e quero contar uma história interessante que aconteceu.

No último dia, decidiu-se irmos dar um passeio junto ao rio. E foi junto ao Terreiro do Paço  que vi esta situação, que me vez esboçar um sorriso. Um senhor, de certeza sem abrigo, estava sentado junto ao muro, a fazer sandálias.  Mas não são umas sandálias quaisquer! São as sandálias, dito por ele, “da nova colecção outono/inverno” (como pode ser visto na foto em baixo.

São umas sandálias muito particulares, feitas com pedaços de caixas de madeira, juntamente com restos de cordas e lixo de pescadores. E tiro o chapéu a este senhor, conseguiu levar a tradicional arte de pedir para outro nível completamente diferente e bastante original! Isto sim, é sinónimo de empreendedorismo, e que com pouco ou mesmo nada, vai conseguindo juntar algum dinheiro

Fiquei com pena de não ter trazido a carteira comigo, pois de certeza que ia dar uma moeda ao senhor, acima de tudo pela criatividade e por apesar de estar na situação que está, tenta arranjar maneiras engenhosas de dar a volta à situação. Desejo-lhe muita força e espero que rapidamente não necessite mais deste curioso negócio.

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WordCamp Europe em Sófia, Bulgária

fullsizerender7No passado fim de semana, de 26 a 28 de Setembro, desloquei-me até Sófia, na Bulgária, para assistir ao WordCamp Europe. Estive a representar a Automattic, juntamente com os meus colegas, numa bancada onde demos montes e montes de coisas, desde capas para iPhone, a camisolas e óculos de sol.

Foi uma viagem curtinha, mas devido à grande proximidade com a viagem aos Estados Unidos – foi apenas três dias depois de ter regressado – acabou por ser cansativa. Cheguei de noite, perto das 23h da hora local, depois de um atraso de quase uma hora do voo de Monique para Sófia.

Aproveitei o tempo de espera devido ao atraso para ler sobre a cidade e o país. Descobri que afinal os taxistas búlgaros conseguem ser piores que os portugueses. O preço de um táxi, por norma era de 0,77 Lev (aproximadamente 40 centimos) por quilómetros. No entanto, existem uns quantos taxistas que estão posicionados em locais estratégicos – obviamente que o Aeroporto é um deles – prontos para atender clientes. Mas como na Bulgária o preço dos  taxis não é regulado, esses senhores têm preços absurdos como 3,5 Lev por quilómetros.

A verdade é que saber disso pouco me ajudou – sou estúpido, que hei de fazer. Como disse, cheguei de noite, cansado e só pensava na minha cama. Mal cheguei à zona das Chegadas, haviam bastantes homens a perguntar se queria boleia e eu sempre a responder que não. “Vocês não me enganam”, estava eu a pensar para os meus botões. Informei-me onde era o balcão dos táxis oficiais e quando me ia a por na fila fui abordado por um taxista. Disse-lhe que não estava interessado, mas ele rápidamente disse-me num inglês quase imperceptível que era um táxista oficial e que praticava os preços que ali estavam tabelados. E eu pensei “Okey, assim sendo parece ser verdade, vou ver e se não gostar volto”.

Saímos do Aeroporto fomos em direção ao taxi do homem. Tudo batia certo, aquele veículo era mesmo um taxi, tinha os preços normais, e por isso siga lá para o hotel, que ficava mais ou menos a 10 quilómetros dali. No entanto, com o cansaço nem me apercebi que o homem não estava a contar a distância, e assim que cheguei ao hotel ele pede-me 30 Lev no seu inglês técnico – “Tirty. Tree Zero”…

“Já fui”, pensei. Tinha lido que no mesmo tipo de esquemas, para nunca aceitar preços fixos. Ainda por cima tanto, por 10 quilómetros. Disse ao homem que o preço era exagerado e que não tinha contado os quilómetros, no entanto já ele me estava a passar uma fatura (que supostamente são emitidas electronicamente pelo taxímetro) num papel que devia já ter uns 30 anos… Não consegui argumentar, ele mal percebia o que eu estava a dizer, portanto acabei por ignorar e pensar “fui comido, mas ao menos alguém deve estar mais contente”…

Finalmente no hotel foi fazer o check in, ficar de boca aberta com o tamanho do quarto, tomar um banho e ir dormir, que no dia seguinte tinha que estar no Palácio da Cultura às 8h00.

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Acordei mais cansado do que me tinha deitado, mas já me sentia pelo menos com a cabeça mais aliviada. Coloquei o percurso até ao palácio no GPS do telemovel, e em 15 minutos a pé aproveitei para ver um pouco da cidade (as 7 da manhã só se vê praticamente alguns sem abrigos a vaguear…) e acordar. Chegado ao palácio, dei entrada no evento, fui cumprimentar os meus colegas, pôr um pouco da conversa em dia e, finalmente, aproveitei para ver umas apresentações da manhã que era o único bloco que ia ter livre no meu turno.

Adorei a experiência, de estar atrás de um balcão, a explicar às pessoas o que é a Automattic, o que é que nós fazemos, como trabalhamos e até mesmo incentivar as pessoas a tentarem uma candidatura e esclarecer todas as dúvidas. Claro, muita gente queria era os óculos de sol, ou as tshirts que oferecemos no último dia, mais uns quantos autocolantes e pins do WordPress, mas mesmo assim, havia sempre o pretexto para conhecer uma pessoa nova, conhecer uma maneira diferente de utilizar a plataforma e uma visão diferente desta comunidade. Tanto o primeiro como no segundo dia, se pudesse, voltava a repetir, e não trocava a experiência! Espero sinceramente para o ano regressar!

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Infelizmente enquanto estive em Sófia esteve sempre um frio quase soviético, de tal maneira que as montanhas lá ao fundo não tinham praticamente nenhuma neve no primeiro dia, no segundo dia já tinham o cume todo coberto. Mas o frio não me desmotivou, e no pouco tempo que tive livre, aproveitei para dar umas boas voltas a pé, acabei por jantar num restaurante local, a comer um prato delicioso, que não faço ideia do que era. Engraçado como, apesar de tudo, a cidade tem as suas semelhanças com Lisboa.

Não tive tempo suficiente para ver a cidade como gostava de ter visto. Sem dúvida que a Bulgária é agora um país na minha lista de países a visitar.