Sempre ouvi falar bem de Viena, que é uma cidade linda, cheia de cultura. É verdade, mas quando chegamos à cidade, não foi a primeira impressão que tivemos. Felizmente, com o conhecer da cidade fomos melhorando bastante a nossa opinião sobre esta. O primeiro dia em Viena começou cedo, às seis da manhã de um domingo pouco solarengo.
Estivemos a fazer tempo na estação até às 10h da manhã visto que a essa hora tínhamos o nosso apartamento disponível. E foi aqui que tivemos a primeira impressão da cidade. O nosso apartamento situava-se numa zona relativamente suburbana da cidade, com muita construção em altura, muito cimento, e com um aspecto… esquisito. Tão esquisito, que tínhamos um bordel à porta de casa, donde saiam uns sons estranhos sempre que lá passávamos.
Guardámos as coisas e seguimos para o parque de diversões, onde andámos a saltar de diversão em diversão. O parque de diversões Wiener Prater é um dos mais antigos do mundo e algumas das diversões dele bem que o fazem sentir. Mas também há outras bem modernas e divertidas, como queda-livre de 80 metros, ou uma montanha-russa que depois de ir no sentido normal faz o mesmo percurso de costas.
Já estávamos completamente estafados, mas ainda conseguimos reunir forças para ir visitar o centro a pé. O passeio também não contribuiu para uma boa imagem de Viena, visto que andávamos praticamente sozinhos nas ruas, estava tudo fechado, e só havia pessoas “esquisitas” na rua. Fez-me alguma confusão, que num domingo de Agosto, quase todos os estabelecimentos comerciais – incluindo cafés, restaurantes, bares – estivessem fechados ainda antes das seis da tarde. Numa cidade tão turística como Viena, não vejo como é que isso pode fazer sentido.
Finalmente passamos o Rio Danúbio, e chegamos ao centro. Aqui sim, já havia bastante mais vida e movimento, e foi aí que começamos a ter uma melhor impressão de Viena. Estávamos com as pernas super cansadas, por isso fizemos um passeio curto e vimos a Catedral de S. Estevão e logo de seguida, o Palácio Hofburg – que serve de residência do Presidente da República.
No dia seguinte tínhamos pensado fazer o sightseeing pela cidade. Apanhamos o autocarro, e a primeira saída foi o Castelo de Belvedere, onde aproveitamos para sair e passear pelos jardins.
De volta ao autocarro, mudamos de linha e seguimos mais pelo centro da cidade. Realmente a imagem que tinha de Viena ao inicio mudou completamente. Uma cidade muito bonita, cheia de história.
Voltamos a mudar de linha para apanhar a linha verde que durava duas horas e passava pelos arredores de Viena. Passamos por Grising, uma pequena aldeia dedicada à produção de vinho e de vinhas. Mas o exponente máximo da viagem foi quando subimos ao topo das colinas de Viena, e tivemos acesso à vista panorâmica sobre a cidade. Lindo!
Já de regresso ao ponto de partida, ainda saímos em Hundertwasserhaus, um local que tem umas casas com um design muito particular, criado pelo artista Friedensreich Hundertwasser. Formas, cores e decorações fazem daquele local um sitio muito interessante e original de se visitar.
Continuamos o nosso passeio até estarmos perto do centro.
O dia estava a chegar ao fim, e acabamos por jantar no centro, num restaurante que ficava localizado no que pareciam ser umas caves antigas. Provamos uns dos pratos típicos e, depois, era hora de ir para casa, que tínhamos que acordar cedo para apanhar o comboio para Hallstatt. Ainda deu para dar um passeiozinho curto pela cidade de noite, que também tem muito encanto.
Hallstatt é um local lindo, mágico, e irei escrever sobre ele nos próximos dias. Neste momento estamos a caminho de Budapeste, depois de termos saído de Hallstatt ao meio-dia.