Depois de muitas aventuras até apanhar o comboio, escrevo este post enquanto seguimos a caminho do próximo destino: Munique. Mas sobre isso, já lá vamos. Nos últimos 3 dias estivemos a aproveitar ao máximo Roterdão, uma cidade que me surpreendeu pela positiva. É o maior porto europeu, é uma cidade com muitas maravilhas, algumas escondidas.
Uma vez que estávamos na Holanda, como o transporte oficial é a bicicleta, decidimos que em vez de andar em autocarros turísticos, iríamos alugar bicicletas, à semelhança do que fizemos em Amesterdão há uns meses.
Após as bicicletas alugadas, seguimos para o primeiro ponto que tínhamos decidido: O Euromast. Uma torre com 185 metros de altura, que está para a cidade como a Torre Eiffel está para Paris, e o Atomium está para Bruxelas. Subimos, claro, desta vez até ao mais alto possível. Aguardava-nos uma vista deslumbrante sobre Roterdão.
A Patrícia tinha visto uma zona que era o estaleiro de Delft. Quando lá chegamos, encontramos realmente um museu sobre o navio De Delft, que foi afundado no Século XVIII e que agora está a ser reconstruído, mas acabamos por só ver de fora.
Na mesma zona, encontramos uma explanada muito interessante. Aproveitamos para parar e restabelecer forças. Bebemos uma boa cervejinha holandesa com gambas no forno a acompanhar.
Outro ponto que queríamos ver de perto foi a Ponte Erasmus. E nada melhor que a atravessar de bicicleta para ver de perto.
O dia estava a chegar ao fim, portanto fomos para casa, passando antes pelo supermercado onde fizemos compras para o nosso jantar.
No dia seguinte acordamos bem cedo, no entanto já não tínhamos onde ir. Tínhamos visto uma publicidade ao Mini Mundo, e decidimos arriscar. Foi uma excelente decisão. Não só vimos uma gigante representação em miniatura da Holanda, como conhecemos um rapaz português que lá trabalhava e nos deu excelentes recomendações para visitar a seguir.
Não pensei gostar tanto daquilo! O Mini Mundo Roterdão é realmente um sitio que tem que ser visitado por quem visita a cidade. O próprio mundo tem dias que duram aproximadamente 26 minutos, onde depois começa a anoitecer. A tecnologia por trás daquilo tudo é espetacular, onde todos os comboios, carros, e edifícios estão ligados a uma central onde é tudo minuciosamente controlado.
Paramos no jardim ao lado do Euromast para comer as nossas tradicionais sandes. De seguida, já com um percurso definido, fomos visitar à outra margem da ponte, onde vimos o Hotel New York, que tem um jardim e explanada à beira do canal bastante agradável.
O nosso objectivo era visitar um lago, Kralingse Plas, que ficava um pouco afastado do centro, mas que de bicicleta se fazia num instante.
Hoje voltamos a acordar cedo e pegamos na bicicleta para fugir de Roterdão. Seguimos ao lado do rio Rotte – que dá o nome à cidade de Roterdão – e encontramos vistas lindas!
Ao fim de uns bons quilómetros, encontramos uma praia fluvial, com um barzinho muito agradável, onde aproveitamos para almoçar as nossas sandocas – mais uma vez.
Cansados, chegamos ao apartamento e arrumamos o que faltava. Seguimos para a estação com bastante antecedência, mas não nos safamos de alguns stresses. Houve um incêndio nos arredores da estação que obrigaram a encerrar todas as linhas desta. Estávamos a ver o relógio passar, e a hipótese de perdermos o comboio noturno para Munique, que tínhamos que apanhar em Utrecht. Ao fim de algumas peripécias, finalmente chegamos a Utrecht, meia hora antes do comboio noturno.
Amanhã deveremos chegar a Munique, às sete da manhã, pelo que vamos agora dormir. O compartimento é bastante confortável e estou super curioso para ver como é dormir num comboio!
PS: Este artigo foi escrito ontem, e foi colocado hoje de manhã, quando chegamos a Munique. E sim, dormir num comboio pode ser bastante divertido!